sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Conhecendo a bomba para melhor utilizá-la!

Muitas pessoas me perguntam sobre a bomba de insulina...Algumas pensam que a terapia é algum tipo de estudo ainda, ou algo muito novo e muitas pessoas com DM tipo II ( Voltem lá na postagem dos tipos de DM) que nem fazem uso da insulina querem utilizá-la...
Para deixar as coisas mais claras, vou explicar um pouco melhor o funcionamento, indicações  e como é o dia-a-dia com a bomba de insulina.

A bomba de insulina já está no mercado há mais de 30 anos, não é um estudo e já é liberda para comercialização há muitos anos por todos os orgão competentes ( FDA, ANVISA...)

Muitas pessoas buscam informações a respeito da bomba em sites não confiáveis e formulam uma idéia um pouco fantasiosa da terapia. Algumas idéias comuns são de que a bomba faz TUDO SOZINHA e que não é preciso medir mais pontas de dedo ou fazer qualquer outro controle básico. E isso, NÃO É A REALIDADE!!
A bomba tem sim uma programação de envio contínuo e automático que é o basal. Quando definimos o perfil junto ao médico, as doses por hora a serem enviadas para fazer o basal ficam na memória da bomba e não é preciso acionar nada para que o basal seja enviado. Mas devdemos lembrar que , no DM 1, o esquema utilizado é o Basal x Bolus.



O Bolus será ativado, de acordo com cada modelo de bomba e basicamente informaremos a quantidade de carboidratos que estamos comendo e quanto está a glicemia no momento.
Importante reforçar que a terapia com bomba é, assim como outras terapias, prescrita pelo médico e deve ser constantemente revisada e ajustada para um bom controle.
Existem algumas indicações para a terapia com bomba, entre elas estão pacientes que tenham um bom conhecimento sobre a doença, dispostos a se empenhar em uma terapia intensiva e que queiram usar a bomba.
Se você tem dúvidas ou se interessou, procure saber melhor sobre a terapia com pessoas que utilizam, educadores em diabetes, seu médico e em sites confiáveis, como os das empresas que comercializam o equipamento e as sociedades de diabetes:
http://www.medtronicbrasil.com.br
http://www.accuchekcombo.com.br
http://www.adj.org.br
http://www.sbd.org.br/


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Minha bomba de insulina

A pedidos...
Inicio as próximas postagens para auxiliar os usuários das bombas de insulina da Medtronic, modelos 715 e 722 para conhecerem melhor seus " Bichinhos virtuais".


Relembrando: A bomba de insulina não é uma pâncreas artificial! Com a bomba de insulina o que tentamos é ter um envio de insulina mais parecido do que o que o pâncreas saudável faz ( Lembra lá das primeiras postagens, de como o pâncreas libera insulina???Volta lá pra ler!).
A bomba envia o basal em microdoses de insulina e o interessante é que podemos , com a ajuda do médico e de um educador em diabetes, ajustar esse envio conforme a nossa necessidade...ou seja, personalizando a terapia conforme a nossa necessidade metabólica.
O envio de bolus é feito através do acionamento do usuário, mesmo na versão 722 que tem a leitura da glicose, isso evita erros de leitura e envio excessivo ou deficiente de insulina.
Para o envio do bolus é necessário contar carboidratos e claro, verificar a glicemia para verificar a necessidade de correção.

Não existe idade para usar a bomba, mas sim a indicação do médico! Para crianças pequenas, normalmente os pais é que manuseiam a bomba. Ela é bem segura e tem bloqueio de tela e das configurações, impedindo que os pequeninos mais espertinhos mudem a configuração. Também existem bloqueios de basal e bolus, impedindo o envio de insulina em excesso, mesmo que por engano!

Podemos personalizar a bomba: além das várias cores podemos colar skins ( medtronic.skinit.com) e são vários modelos, estampas e cores.
A bomba pode ser configurada em vários idiomas e recomendamos deixá-la sempre em português, para evitar erros por não compreender o que está escrito!!
A bomba funciona com uma pilha palito (AAA) e é recomendado apenas o uso da marca energyzer e nunca utilizar pilha recarregável.
Em breve, mais segredos das nossas amiguinhas...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Técnica da aplicação

Além da escolha do local a ser aplicada a insulina, o rodízio e a quantidade correta da insulina a ser aplicada, é muito importante avaliar a técnica da aplicação para que o efeito desejado da insulina seja alcançado.
Para isso, alguns cuidados devem ser tomados:
1. Escolha do método de envio: seringas, canetas e mesmo a bomba de insulina são métodos de envio de insulina. A definição do melhor método é feita entre médico e paciente/família, pensando na comodidade, facilidade de aplicação e a dose requerida.
As seringas ( sim, temos 3 tipos) varia em quantidade máxima de insulina e a graduação: U100- 100u em 1ml, graduação de 2 em 2u.; U50- 50u em 0,5ml, graduação de 1u. e U30- 30u em 0,3ml , unidade mínima também de 1u. E ainda tem dois tipo de agulha, a convencional e a curta.

As canetas também são métodos de envio, porém com maior comodidade que a seringa, uma vez que não é necessário aspirar a insulina do frasco e confirmar a dose, o refil é encaixado na caneta e basta selecionar a unidade desejada e é possível administrar uma dose tão pequena quanto 0,5u por vez. É mais portátil, cômoda e fácil de manipular, possibilitando que até mesmo crianças pequenas possam manuseá-la.
Na caneta também pode-se adequar o tamanho da agulha ao SC do paciente, já que existem diversos tamanhos de agulhas para caneta no mercado e recentemente uma caneta que não precisa de agulha, a safety-inject.





A bomba de insulina irá enviar insulina através de um cateter de teflon no SC em doses tão pequenas quanto 0,1u. A vantagem desse método, além da precisão, é a comodidade, uma vez que o cateter é trocado a cada 3 dias e como a bomba permanece conectada ao corpo do paciente, bastam alguns comandos para o envio das doses.
Em qualquer um desses métodos é importante observar a técnica correta de aplicação: seringas e canetas a 90 graus, com prega frouxa ou sem prega em caso de agulhas pequenas e observando-se vazamentos após a aplicação.
No caso da bomba, cada modelo de cateter tem uma técnica específica de aplicação, com ou sem aplicador. Devemos atentar para a troca do cateter, evitando deixá-lo mais dias que o recomendado.
Vamos checar se está tudo correto??

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Ação da insulina

Pode parecer uma coisa muito boba...mas se formos verificar a fundo cada pessoa diabética tipo 1, vamos ver que na verdade poucas sabem o por que tomam insulina e mais...qual o efeito da insulina no nosso organismo.
Esse é um princípio fundamental para podermos começar a pensar em diminuir riscos, solucionar problemas e viver saudavelmente.
Resumindo, se não soubermos a base da doença...não podemos agir corretamente no tratamento dela!
Então vamos revisar:
A insulina é um hormônio produzido pela parte endócrina do pâncreas ( as famosas células Beta). Quando não há produção de insulina, não conseguimos fazer com que a glicose, o combustível do nosso corpo, entre nas células.
Eu costumo comparar a insulina com uma chave que abre o tanque da célula e permite que ela seja abastecida de glicose, para então funcionar.

Na falta da insulina, a glicose, que entra através da alimentação, passa a vagar no sangue sem entrar em nenhuma célula, com isso quando medimos a glicemia ela estará alta.Mas o quanto é alto??? De maneira resumida e generalizada, consideramos que a glicemia, ou a glicose no sangue está alta sempre que estiver acima de 160 mg/dl após as refeições.
A célula não consegue ver que há glicose no sangue e que na verdade o que falta é insulina, então ela envia um sinal ao cérebro de que não há glicose e o cérebro por sua vez, dá o estímulo de fome, para que a gente vá adquirir glicose...Por isso um dos sintomas é a fome exagerada.
Sabendo que a insulina irá fazer com que a glicose entre na célula, podemos começar a entender a terapia e quando está faltando ou sobrando insulina.
Parece muito bobo, mas não é, aí está a explicação mais simples para que você entenda todo o resto.
Compartilhe!!!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Aplicação de insulina

A aplicação da insulina é de extrema importância para o sucesso da terapia. É também um dos momentos mais difíceis, pois ninguém gosta de tomar picadas,não é mesmo??Isso é ainda mais delicado quando pensamos em crianças, que tem medo de agulha e muitas vezes pouco subcutâneo...
Primeiro gostaria de explicar um pouco sobre a aplicação da insulina... Ela pode ser administrada de várias maneiras: Intramuscular, endovenosa ( na veia) e subcutânea e com isso mudamos o tempo do início da ação da mesma.
Em casa a aplicação é sempre subcutânea, o que quer dizer que aplicamos a insulina na gordura que recobre o músculo, fazendo com que a insulina demore um pouco mais para ser absorvida e também que a picadinha seja menos dolorosa.
Mas não é porque aplicamos em gordura que a aplicação pode ser feita em qualquer lugar...Existem locais em que a absorção é mais rápida e em outros mais demorada e é por isso que temos locais próprios para a aplicação:
1- Braços( parte de trás, onde fica a gordurinha do tchau)
2- Barriga ( tirando a região em volta do umbigo, 3 dedos de cada lado)
3- Nádegas ( parte superior e de fora, o bumbum que fica para fora da cadeira quando sentamos)
4- Pernas ( parte de cima e de fora)
Nos braços e barriga a absorção é mais rápida e nas nádegas e pernas mais lentas, então para quem usa insulina lenta ( Lantus e Levemir) e intermediária ( NPH), os locais melhores para aplicação são nádegas e pernas. Para as insulinas rápida ( Regular) e ultra-rápida ( Novorapid, humalog e apidra) os melhores locais são abdome e braços.
É importante fazer rodízio entre os locais, variando tanto a região ( pernas, nádegas, barriga e braço) quanto o local de aplicação ( mais em cima, mais em baixo, para o lado...) isso por que podemos ter complicações de aplicações sempre nos mesmos lugares, como as lipodistrofias e lipohipertrofia...
Depois vamos falar mais sobre as complicações, mas por enquanto o importante é evitá-las, com o rodízio!!!
Mãos a obra!!!